Le Bal Masqué

Masquerade! Every face a different shade...

Wednesday, March 28, 2007

Borat





“Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan” foi o filme mais comentado nas mesas de bar nas últimas semanas.
Fui atraída ao cinema na expectativa de uma comédia inteligente e de uma crítica divertida aos Estados Unidos.
Não gostei. O humor de Sacha Baron Cohen, criador e intérprete do personagem, não me agrada em nada. Não inova – é um “Trapalhões” com menos inocência e mais mau gosto. E a tal crítica à terra de Bush é fraca, muito fraca. Terminei o filme simpatizando mais com os americanos do que com o protagonista.
Se o “segundo melhor repórter do glorioso país Cazaquistão” viajasse ao Brasil para pregar pegadinhas em fanáticos religiosos, adolescentes e grã-finos tupiniquins, duvido que a reação fosse “melhor” do que a dos americanos.
As gafes que tanto arrancam riso são forçadas e não fruto das diferenças culturais entre os americanos e os cazaques.
Mas em vez de continuar a escrever sobre o filme, sugiro a leitura da coluna de Marcelo Coelho na Folha de S. Paulo de hoje. Raramente uma resenha reflete tão fielmente a minha opinião sobre uma obra. Concordo com todos os pontos.

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Tuesday, March 20, 2007

A Sorte de Um Amor Tranqüilo

Não durmo.
Incomodam-me os lençóis, os travesseiros, a claridade, a escuridão.
Estranho o leito, o ombro, a respiração e o afago.
Acostumei-me com a vigília das madrugadas a dois.
Mas numa noite rara sem luar, ele apareceu.
E em seus braços me larguei.
Dormi o sono sereno dos que confiam.

O último eclipse me deu mais de um motivo para olhar pro céu.

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Thursday, March 08, 2007

Superstição

As argolas douradas ficaram pela pista de dança. As estrelas de prata, em algum canto entre os arcos da Lapa e a rua do Lavradio. As pérolas falsas, entre os bancos daquele táxi da madrugada. E os pingentes de turmalina? Hummm, onde foram parar esses mesmo?
Mimi vivia perdendo os brincos. Sua caixinha de bijuterias estava cada dia mais desfalcada. Ficava chateada, a menina.
Se fossem guarda-chuvas, canetas bic, ou elásticos de cabelo -- objetos cuja função principal é serem perdidos -- tudo bem... mas brincos? Brincos têm história. Como aquelas delicadas flores de filigrana que lhe chamaram a atenção numa pequena loja em Córdoba. Ou as maçãzinhas cravejadas de brilhantes, presente do avô no dia do seu nascimento.
Mimi saiu de orelhas nuas da sua festa de formatura, daquele inesquecível baile de carnaval, de alguns quartos de hotel e de vários banhos de mar.
Grandes ou pequenos, caros ou baratos, de tarraxa ou pressão. Não importava, os brincos sempre lhe fugiam dos lóbulos.
Um dia, ela percebeu. Brincos perdidos era sinal de sorte.
E passou a sorrir cada vez que olhava para a empobrecida caixinha de bijoux sobre o criado-mudo.

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Thursday, March 01, 2007

Show de Calouros

Eu não sou a Flor nem a Sônia Lima (AINDA BEM!), mas vou ter meu dia de jurada. No aniversário de um ano do Estado de Circo, o autor do melhor miniconto ganha um DVD bacanérrimo. Eu vou ajudar na escolha a convite do querido Rodrigo Borges. Leitores do Le Bal, participem!

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