Borat

“Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan” foi o filme mais comentado nas mesas de bar nas últimas semanas.
Fui atraída ao cinema na expectativa de uma comédia inteligente e de uma crítica divertida aos Estados Unidos.
Não gostei. O humor de Sacha Baron Cohen, criador e intérprete do personagem, não me agrada em nada. Não inova – é um “Trapalhões” com menos inocência e mais mau gosto. E a tal crítica à terra de Bush é fraca, muito fraca. Terminei o filme simpatizando mais com os americanos do que com o protagonista.
Se o “segundo melhor repórter do glorioso país Cazaquistão” viajasse ao Brasil para pregar pegadinhas em fanáticos religiosos, adolescentes e grã-finos tupiniquins, duvido que a reação fosse “melhor” do que a dos americanos.
As gafes que tanto arrancam riso são forçadas e não fruto das diferenças culturais entre os americanos e os cazaques.
Mas em vez de continuar a escrever sobre o filme, sugiro a leitura da coluna de Marcelo Coelho na Folha de S. Paulo de hoje. Raramente uma resenha reflete tão fielmente a minha opinião sobre uma obra. Concordo com todos os pontos.
Labels: cinema
6 Comments:
Não gostei do filme. Não entendi as pessoas convulsionando de tanto rir ao meu lado, sinceramente. Ok, a cena das baratinhas é boa. Só.
Não vi, nem pretendia, mesmo antes de ler sua crítca. Agora então...
Ah... eu gostei... Mas pensei algo como vc. Se o filme fosse rodado no Brasil, todo mundo por aqui estaria revoltado.
[ www.estadodecirco.net ]
concordo com o ferdi!
vi, gostei... achei um humor de gosto duvidoso... mas corajoso ainda assim... acho bacana essa diferença entre tipos de humor, principalmente quando se foge do politicamente correto e se mexe exatamente onde incomoda... Borat faz isso muito bem. Mas é desagradável em vários momentos, o que incomoda muita gente. Se fosse no Brasil, a coisa seria ainda pior. Nosso país quer ser levado a sério de qualquer jeito, mesmo sendo uma infame piada.
M., querida, eu concordo contigo e com o Coelho, mas queria acrescentar o meu porem. Tem tambem todo um timing e o problema do ponto de vista cultural. Veja soh, quando essa comedia foi lancada aqui, ninguem sabia direito o que era verdade e o que era brincadeira no filme. Foi um tapa em todo mundo. Essa surpresa aliada a coragem do Sacha de ser politicamente incorretissimo aqui no EUA nos acertou em cheio- foi super refreshing ve-lo despir a America careta e preconceituosa sem perdao. Ao chegar no Brasil, o assunto inteiro ja estava diluido, digerido, debatido, criticado, etc. A graca foi-se com certeza, ainda mais quando o publico ao ouvir tanto que o filme eh excelente, criou uma expectativa enorme (e sabemos que as chances de se odiar um filme depois disso sao altas). Eh isso.
Beijao de Happy Friday pra tu.
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