Miniconto
Recentemente, fui jurada de um concurso de minicontos no blog Estado de Circo. Esta semana, eu e os outros dois jurados fomos desafiados a escrever nossos próprios textos de, no máximo, 150 toques. Tremi na base. Acho que criar algo interessante em tão poucos caracteres é um desafio e tanto. Abaixo, o miniconto que considerei “o menos pior” entre os mais de dez que rascunhei.
Ele avisou que ia comprar cigarros na padaria ali da esquina. Retornou logo, depois de 15 minutos. A esposa tinha saído. E nunca mais voltou.
Labels: minicontos
posted by Marina @ 11:35 AM
8 Comments:
Como disse no Circo: O melhor (dos jurados) até agora.
Adorei, srta. M! Me lembrou Adoniran Barbosa... "Apaga o fogo, Mané"
Inez saiu dizendo que ia comprar um pavio
pro lampião
Pode me esperar Mané
Que eu já volto já
Acendi o fogão, botei a água pra esquentar
E fui pro portão
Só pra ver Inez chegar
Anoiteceu e ela não voltou
Fui p’ra rua feito louco
Pra saber o que aconteceu
Procurei na Central
Procurei no Hospital e no xadrez
Andei a cidade inteira
E não encontrei Inez
Voltei pra casa triste demais
O que Inez me fez não se faz
E no chão bem perto do fogão
Encontrei um papel
Escrito assim:
-Pode apagar o fogo Mané
Que eu não volto mais !
ps: obrigado pelo que disse no meu blog. Gostei mesmo!
Gostei muito, Má.
Isso é difícil pra caramba. É uma espécie de hai-kai da prosa, né?
Vou fazer uns exercícios pra ver se consigo ficar um pouco mais conciso. Não existe nada pior para um texto do que ser prolixo.
Beijão!!!!
Um dia vou escrever um miniconto bom assim.
Imagina, Rodrigo! Vc é o mestre dos minicontos!
Eu adorei, mas acho que deve publicar as outras opções tb. São ótimas!
Não costumo fazer comentários em blogs que entro sem ser convidado.
Mas neste caso tive que abrir uma exceção. Adorei.
Peço sua autorização para publicá-lo na newsletter do meu trabalho (com os devidos créditos e link para a página de entrada do seu blog).
Caro anônimo,
Se vc se identificar e me explicar qual é o seu trabalho e do que se trata a newsletter, ficarei feliz em autorizar a publicação.
Obrigada pelo elogio e volte sempre (como convidado!.
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