Take me Back to the Ball Game
Meia-noite: depois de um período de hibernação, cá estou eu, madrugada de sábado, procurando um lugar bacana para dançar. Inibo o bocejo que insiste em abrir passagem e me olho no espelho do carro. Rosto alvo, rímel preto, esmalte carmim, blusa brilhante.
1h da manhã: duas cervejas consumidas e algumas risadas contabilizadas. A banda toca o tema da “Pantera Cor-de-Rosa”. Adoro o desenho. Meio psicodélico, nonsense. Exponho minha teoria de que todas as histórias do personagem são viagens de ácido, mas ninguém parece muito interessado.
1h15 da manhã: na pista, arranjo um par. Um negão cheio de estilo e ginga. Samba como um mestre-sala. E eu, quase uma gringa de tão dura, tento acompanhar. Ele me faz rodopiar. Eu desequilibro. Está além da minha capacidade, mas me divirto.
2h da manhã: descubro que o negão é jogador de futebol. Em véspera de Copa do Mundo, eu arranjo um negão jogador de futebol. Rárárá.
2h05 da manhã: seu nome é Adriano, mas prefere ser chamado de Adrian. Me informa que por R$ 500 conseguirá mudar o nome na certidão de nascimento, RG e afins.
-- Mas Adriano é bonito...
-- Adrian é melhor...
-- Na numerologia?
-- O que é isso?
2h30 da manhã: Jorge Benjor rolando solto nas caixas. Continuo dançando com Adrian(o). Graças a sua paciência de professor, já consigo dar um meio giro sem cair por cima dos vizinhos. Mais um pouco viro dançarina de salão.
2h40 da manhã: Adrian(o) me ergue do chão, me segura no colo e me tasca um beijo. Me mantém no ar por vários segundos. Seus braços são rochas. As pernas, puro aço. Os lábios, o oposto.
4h da manhã: Encosto no bar. Meus pés doem. Já perdi a conta das cervejas. O boleiro-bailarino pede meu telefone e e-mail. Diz que vai me ligar para a gente ir ao cinema.
-- Me diz que horas você sai, pra MIM te pegar no teu SERVIÇO.
-- Umas 19h...
-- Legal. Aí a gente vai ver “O Código da VINSSI”. Você já viu?
-- Não...
6h da manhã: chego em casa. Concluo que as baladas continuam bizarras e inúteis. Mas ainda rendem risos e posts.
Labels: noite, universo feminino
17 Comments:
Putz, é este tipo de coisa que me faz sair de casa. As baladas são sempre bizarras, mas me rendem boas histórias e excelentes gargalhadas.
Sobre "O Código da Vinssi", acho que dá para esperar sair em dvd. Mas se a companhia é o tal Adrian, acho que vale a pena ainda mais com o cara podendo te pegar no serviço...rs
Amiga, esse papo de que ninguém deu bola para a teoria da Pantera Cor de Rosa não é verdade, eu achei bem interessante, viu - rs. Muito legal ver a balada no ângulo Le Bal Masqué. E olha que vc deixou vaaaaaarias piadas de fora, ahahahahah. Bjo
Jura que este não é ficção?? Muito bom!
Amei! rs
Amiga.... o máximo seu sábado... tão bom quanto o meu domingo...rs... o negócio é apenas vc tomar cuidado... de repente vai ver o "código da vinssi" e acaba na "esfiha chic" ...rsrsrsrsrsrs Parece que o final de semana foi bom para todos!!!! Beijocas
ahahahah.
acho que por isso que na gringolândia a gente gosta de mais gente: não dá pra entender se eles falam errado!
gata, mas na boa... de repente uma noite com o Adrian pode render bem mais do que boas risadas né não? e viva o ego e o corpinho feliz com os tratos do negão...
Voce só não disse se chegou em casa satisfeita. Para MIM te buscar foi punk, já que vc escreve super bem. Afinal quem vai saber.
Bj e adoro seu blog
De quem são os comentários anônimos? Estou curiosa! Identifique-se, por favor!
Gostaria de lembrar também que o Le Bal Masqué não tem caráter de diário virtual. Não possui nenhum compromisso com a realidade. Posso até pegar algum fato que vivi -- ou algum amigo/conhecido viveu -- e daí desenvolver uma história, me inspirar, mas, via de regra, tudo publicado aqui se trata de ficção.
Adorei....mais uma história p/ render muitas rizadas.
Má, ta muito legal esse texto.
O povo que comenta que tem que se ligar na conexão realidade-texto e ser mais sutil nos comentários...
ninguém além dos que viveram a história precisam saber se é mesmo verdade não é?
Fica até mais lindo o texto se não pudermos traçar esta linha real/imaginário.
Ah, e tem mais.
Te amo, de paixão.
E já que degringolou a coisa de levar a sério a história, to com ciúmes do Adrian.
Mil bjundas
Minha querida, muito bom.
E, sobre a discussão realidade x ficção, ela é uma das grandes batalhas da literatura, quem dirá dos blogs. É um assunto loooongo que vive rendendo debates nos cadernos virtuais do lado de cá do mundo também.
Adorei que vc publicou algo novo, estava esperando.
Beijos mtos.
Mas as baladas andam boas, não? (rs) Será que um dia o Adrian(o) ainda vai sair em "cromos autoadesivos"?
Você pirou de vez nestas duas semanas que não conversamos. Cada post que eu leio fico mais perplexo. O que aconteceu????
Meu comentário saiu anônimo pq eu não sei fazer o meu nome aparecer neste bagulho. Sérgio.
Agora eu consegui. O mundo digital não tem lógica mesmo.
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