Le Bal Masqué

Masquerade! Every face a different shade...

Monday, December 17, 2012

Canções de Natal



Chega esta época do ano, e eu morro de vontade de colocar um gorro e cachecol.  Delírio causado pelo trânsito enlouquecedor ou bebedeiras de fim de ano? Não, apenas uma vontade enorme de viajar para um lugar frio. Não tem jeito, para mim, Natal combina com o Hemisfério Norte, com boas camadas de neve, suficientes para se poder fazer um boneco bem gorducho no jardim.  Posso até ter sido influenciada pelos filmes, mas a família aconchegada à beira da lareira, comendo nozes e passas, onde viscos, azevinhos e pinheiros são naturais, tem muito mais cara de “Noite Feliz” do que ar-condicionado ligado e Papai Noel com a barba de molho no suor.

Claro que eu voltaria rapidinho, porque não existe Réveillon melhor do que no Brasil. Essa festa, sim, tem tudo a ver com a gente, temos clima perfeito para o champanhe e para virar a noite ao ar livre, o astral do pé na areia e das sete ondas, a linda tradição do branco...

Mas voltando ao Natal, existem tantas belas canções natalinas em inglês e não consigo pensar em nenhuma em português, tirando as constrangedoras versões. Deixando de lado o significado religioso da data, toda essa cultura natalina é isso, versão.  Em inglês, as músicas tradicionais desta época do ano têm até nome específico, são Christimas Carols. Para entrar no clima e se transportar mentalmente para um chalé com fumacinha saindo da chaminé, aí vai uma playlist natalina. Agora, se você não curte essas musiquinhas, dá uma olhada aqui, é tão legal quanto.
Let it Snow

Last Christmas, do Wham

Merry Christmas, (I Don't Want to Fight Tonight), dos Ramones
Have Yourself a Merry Little Christmas, pela Judy Garland

Santa Claus is Coming to Town

Sleigh Ride, pela Ella Fitzgerald

 

Labels: , ,

Thursday, December 06, 2012

A lição de Ben Affleck



Ben Affleck tem os dentes mais bonitos que já vi. Quando o entrevistei, em 2009, era difícil parar de olhar para o alinhamento perfeito, o branco que não parecia artificial, mas também não continha sequer uma manchinha de café.
Na internet, vi depois, comenta-se que são facetas de porcelana. Provavelmente é verdade.
Lembrei disso porque ontem fui ao cinema ver Argo, filme dirigido, produzido e estrelado por ele. História bacana, com elementos de heroísmo, toques de sátira e excelente contextualização histórica – obra tanto do roteiro quanto da direção de arte.
Mas não quero falar do filme, muito menos resenhá-lo. Quem quiser saber sobre o que se trata encontrará no google. Isso se já não o assistiu, porque não estreou exatamente ontem.

É sobre Affleck que quero comentar. Figura interessante na fauna hollywoodiana. Se você não acha, provavelmente é porque ainda tem em mente Pearl Harbor e Jennifer Lopez.

 Vale olhar mais de perto. Quando conversamos, quase quatro anos atrás, Ben era um “astro em fuga”. Tinha imposto um hiato de três anos em seu trabalho como ator. A revista americana Esquire o classificava como um cara inteligente e talentoso preso em uma vida a la Britney Spears. "Queria mudar o caminho que a minha vida estava seguindo. Achei que seria inteligente dar um tempo, ficar longe de tudo. Psicológica e artisticamente foi bom para mim", me contou.

Nos anos 90, Ben foi uma promessa. Aos 25 anos, recebeu, junto com o amigo Matt Damon, o Oscar de roteiro por Gênio Indomável. Mas o sorriso certo e escolhas erradas o transformaram em um grande astro de produções caras e ruins (a dolorosa lista inclui Armageddon, Demolidor e Contato de Risco – considerado um dos piores filmes da história)

 Paralelamente, ele virou uma personalidade maior que seu trabalho. O romance com Jennifer Lopez, entre 2002 e 2004, foi um prato cheio para os tabloides, que apelidaram o casal de Bennifer. Hoje, casado com a atriz Jennifer Garner e pai de três filhos, ele e a família são alvos dos mais mirados pelos paparazzi de Los Angeles.

O caminho que o levou até Argo e ao possível Oscar que o acompanhará começou quando Affleck “tomou as rédeas para alinhar a pessoa que é com o trabalho que faz”, como ele disse recentemente à revista Time. É aí que chego ao próposito deste longo texto - longo demais para um blog.

Essa é a lição de Ben Affleck: a gente é melhor quando faz aquilo que está na nossa essência, aquilo do que nos orgulhamos. Parece óbvio, mas é preciso muito auto-conhecimento e coragem para chegar lá.

 

 


Labels:

<